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História da ferrovia está presente nas antigas construções na cidade de Jaguariúna

por Gislaine Mathias/Estrela da Mogiana em 13/09/2024 Estação de Jaguariúna, atual Centro Cultural, foi passagem de trens de passageiros e de cargas (Acervo Casa da Memória)Jaguariúna tem uma forte ligação com a ferrovia. No ano de 1875 era inaugurada a linha férrea de Campinas a Mogi Mirim, e desde então, o trem se tornou presente no cotidiano do pacato lugarejo, que na época era formado por grandes fazendas de café.
 
Com o decorrer do tempo, o cenário foi se modificando. De Vila Bueno para Distrito de Paz de Jaguary e município, mas a ferrovia continuou fazendo parte da história de Jaguariúna, através de prédios, da velha maria-fumaça e de monumentos.
 
Ponte 1875
 
A Ponte de 1875, que num passado distante era passagem para a locomotiva a vapor, se transformou num marco histórico da chegada da ferrovia, na estação de Jaguary.
 
Já foi conhecida como Ponte do Jatobazeiro e Ponte Vermelha, mas na atualidade leva o nome de Pedro Abrucês, que foi responsável pelo projeto que realçou ainda mais esse patrimônio histórico, com uma decoração feita com trilhos, na década de 90. Atualmente é um dos pontos turísticos de Jaguariúna, sendo utilizada no dia a dia como passagem de veículos e pedestres.
 
Casa do Chefe
 
A Casa do Chefe de 1879 foi construída toda em pedra e passou por uma restauração nos anos 90. O prédio permanece preservado e atualmente é sede da Guarda Municipal e do Centro de Operações e Inteligência (COI).
 
Estação de Jaguariúna
 
Em 15 de dezembro de 1945, a Companhia Mogiana inaugurava a Estação de Jaguariúna em substituição a construção de 1875. Durante um período, o local foi bastante movimentado recebendo trens de passageiros e de carga, até que encerrou as atividades, em 1978.
 
No início da década de 90, a estação de Jaguariúna se transformava em Centro Cultural e anos mais tarde passou a ser chamado de Zi Cavalcanti. O local sediava palestras, eventos e encenações de peças de teatro.
 
Também foi colocada uma locomotiva a vapor e um carro de passageiros em exposição, sendo que na época chamou bastante atenção dos moradores e das pessoas de outras cidades. A Maria Fumaça voltaria a estação em 2006, quando foi inaugurada uma nova ponte, só que desta vez, as viagens seriam voltadas ao turismo.
 
A estação foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), em 2015. Também foram mantidos os dois semáforos, conhecidos como ‘pau de sinal’, ao longo da Avenida Marginal.
 
Estação de Guedes
 
A segunda estação de Guedes foi inaugurada no ano de 1945 e projetada seguindo o estilo clássico das construções ferroviárias inglesas. A obra substituiu o prédio, datado de 1897, sendo que na atualidade permaneceu a Casa do Chefe em propriedade particular.
 
Depois de desativada na década de 1970, a estação nova de Guedes permaneceu por um período abandonado até sofrer a intervenção de um projeto de restauração, sendo inaugurada no ano de 2012.
 
 
Construções da ferrovia
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